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este projeto também materializado em blog, propõe uma uma visão diferenciadora, conscienciosa, criativa e participativa acerca dos espaços públicos da cidade do porto.

o seu foco assenta sobretudo na disseminação do conceito de 'não-lugaridade' através das imagens.

segundo marc augé «se um lugar se pode definir como identitário, relacional e histórico, um espaço que não pode definir-se nem como identitário, nem como relacional, nem como histórico, definirá um não-lugar; na realidade concreta do mundo de hoje, os lugares e os espaços, os lugares e os não-lugares, emaranham-se, interpenetram-se; a possibilidade do não-lugar nunca está ausente seja de que lugar for; o regresso ao lugar é o recurso de quem frequenta os não-lugares (e sonha, por exemplo, com uma residência secundária enraizada nas profundidades de um solo natal).

o espaço do não-lugar não cria nem identidade singular, nem relação, mas sim solidão e semelhança. Criam uma contratualidade solitária. (...)

o não-lugar é o inverso da utopia: ele existe de facto, mas não alberga nenhum tipo de sociedade orgânica.»

estas imagens procuram, esclarecer, disseminar e polarizar a ambiguidade interpretativa das mesmas; mas fundamentalmente iluminar o obscurantismo da questão essencial: lugar ou não-lugar?

o projeto "não-lugares na cidade do porto" ganhou vida em 2007, no âmbito da conclusão do processo de investigação ~ dissertação de mestrado ~ na faculdade de belas artes da universidade do porto.

o projeto não lugares é agora um 'polvo', criou nos últimos anos vários tentáculos que chegaram a outras cidades do país (e fora de fronteiras), nomeadamente paris.

autor do projeto: vítor tavares © 2007~2020 //

https://www.dn.pt/portugal/cpf-vai-expor-espolio-fotografico-1227350.html

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